01/10/2007

Uma menina prodígio

Penso que esta encantadora história, verdadeira, se passou nos anos 60 do século passado. Chamava-se Tânia, a menina, e tinha só 4 aninhos. Pertencia à família Fédkine que, como era costume naquela época, recebia visitas para uma noite de convívio. A irmã de Tânia, Natacha, ia tocar nessa noite uma sonata de Beethoven. Estavam os convidados a ouvi-la com toda a atenção, quando a Tânia, aos gritos, disse:

«Não, não, estás a tocar mal!» Natacha, triste, perguntou: Que dizes?

Para espanto de todos os convidados, a Tânia, subiu para o tamborete e os seus pequenos dedinhos deslizaram suavemente pelo teclado. A sonata de Beethoven soou pela sala, perfeitamente tocada, espalhando-se pelos 4 cantos introduzindo-se suavemente e para seu deleite nos ouvidos dos convidados presentes.

A Tânia tinha uma memória musical espantosa e aprendera as notas somente em duas lições.
É certo que nascera no seio de uma família amante da música.

Em conclusão, depreende-se daqui que dons inatos são necessários para a realização de capacidades.

Li esta história que me emocionou num livro de Psicologia Recreativa de Platonov. Conforme o nome indica, este livro está cheio de eventos que prendem a atenção de qualquer leitor, visto tratar-se de uma psicologia descrita com mais leveza do que a Psicologia que não é Recreativa. Assim, apresenta uma leitura mais leve, mais simples e mais agradável. Agradável é tudo o que agrada. Se agrada transmite prazer. O prazer é bom, atrai o desejo de ler e ler alimenta a alma.

Autora: ADELAIDE

NOTA: Obrigada Milai por mais esta colaboração cultural para dar vida a este espaço. Esta história faz pensar na obra que está sendo levada a cabo por outra nossa colega do CVS, a escritora Alexandra Caracol que, há dias, lançou mais um livro. Ela desenvolve o ensino pré-natal através da música e apresenta como exemplo de sucesso a sua filha Débora que, apenas com 8 anos, domina o violino com mestria. Os meus cumprimentos às duas senhoras.

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